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Mesmo em um ano difícil, já com reflexos das ações do clima do Rio Grande do Sul, as cooperativas gaúchas registraram mais uma vez recorde de faturamento. Foram R$ 86,3 bilhões em 2023, um aumento de 3,3% em relação ao ano anterior. O dado está no Expressão do Cooperativismo Gaúcho 2024 (ano-base 2023), que traz os números gerais do cooperativismo no Estado e também as informações divididas pelos sete ramos de atuação. Hoje, são 3,8 milhões associados vinculados a uma cooperativa no Rio Grande do Sul, que geram 76 mil empregos.
O sistema cooperativo também se destaca pela eficiência econômica, o que se reflete no incremento expressivo de sobras: em 2023, o número chegou a R$ 5,11 bilhões. Nos setores, mesmo com o impacto da estiagem e das chuvas, que gerou ligeiras quedas em alguns índices, as cooperativas do agro tiveram faturamento de R$ 48,6 bilhões em 2023.
Outros destaques de 2023 estão nos ramos de crédito e saúde. No primeiro, houve faturamento de R$ 24,2 bilhões e sobras de R$ 3,5 bilhões – aumentos de 29,3% e 26%, respectivamente. Na saúde, os associados celebraram o faturamento de R$ 9,4 bilhões e, principalmente, o aumento de 110% nas sobras, que subiram de R$ 145 milhões em 2022 para R$ 306 milhões em 2023.
Os outros ramos também sustentam a importância do cooperativismo como modelo socioeconômico sustentável. Na Infraestrutura, os ingressos cresceram 9,7%, chegando a R$ 1,7 bilhão. As cooperativas de Transporte tiveram um aumento de 65% de sobras, saindo do já positivo número de R$ 16,9 milhões para 27,9 milhões. Em Trabalho, Bens e Serviços, mesmo com queda de 3,3%, as cooperativas conseguiram manter o faturamento na casa do bilhão, com R$ 1,09 bilhão em ingressos. Por fim, o setor do Consumo surpreendeu com o aumento de sobras, um crescimento de 173%, que elevou os R$ 42,7 mil de 2022 para R$ 116,6 mil em 2023.
