A proposta de criação de novas praças de pedágio no Bloco 2, que abrange sete rodovias da região Norte e do Vale do Taquari, tem causado forte reação política e social. O modelo de concessão, que prevê cobrança no sistema free flow, já mobilizou lideranças, parlamentares e moradores contrários à medida.
Tarifas e investimento
O modelo original previa tarifa-teto de R$ 0,23/km, considerada elevada, gerando preocupação de que o RS seja o estado com a tarifa mais cara do país. A Fetransul aponta que, de cada R$ 1, pago em pedágio, apenas R$ 0,38 retornariam para manutenção das vias, cerca de 27% seriam impostos, e R$ 0,25 configurariam lucro aos concessionários
Em resposta, o governo revisou o projeto. Anunciou aporte extra de R$ 1,5 bilhão (R$ 200 milhões a mais) e reduziu a tarifa máxima para R$ 0,18/km, condicionada à isenção do ISS pelos municípios. Esse novo modelo está pautado em investimento total de R$ 4,3 bilhões, sendo R$ 2,8 bi da iniciativa privada, atendimento a mais de 390 contribuições enviadas na consulta pública e exclusão da rodovia BR-470 do bloco.
Resistência política e mobilização social
Na Assembleia Legislativa, bancadas contrárias apresentaram projeto de lei sugerindo a suspensão da criação das praças até que fosse estabelecido cronograma mais transparente e definição de valores via Legislativo. Também foi instalada uma Frente Parlamentar contra os pedágios, com 22 deputados, argumentando que as concessões penalizam a competitividade econômica, especialmente na cadeia de proteína animal.
Vereador propõe aprovação de Moção de Repúdio
O vereador espumosense Odirlei Comin (PL), apresentou na sessão da Câmara de Vereadores na noite de 16 de junho, proposta para que o Legislativo de Espumoso siga a orientação em aprovar moção de repúdio contra os novos pedágios no Estado, alegando que não há necessidade de taxar ainda mais o povo gaúcho com mais despesas.