O fundador e dono da drogaria Ultrafarma, Sidney OIiveira, foi preso na manhã desta terça-feira, 12, em uma operação do Ministério Público de São Paulo / Crédito: Reprodução/Wikimedia Commons
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Sidney Oliveira, fundador da Ultrafarma, foi preso nesta terça-feira, 12, durante uma operação do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) contra um esquema bilionário de corrupção envolvendo fiscais da Secretaria de Estado da Fazenda.

O empresário de 71 anos estava na chácara onde mora na cidade de Santa Isabel, na região metropolitana da capital paulista, quando foi preso.

 

Quem é Sidney Oliveira

Nascido em 15 de novembro de 1953, em Nova Olímpia (PR), Aparecido Sidney Oliveira começou a trabalhar aos 9 anos em uma farmácia local. Ao longo dos anos 1980, formou uma rede em conjunto com outros estabelecimentos da região até vender tudo e se mudar para São Paulo.

 

Na capital paulista, abriu uma farmácia na avenida Brigadeiro Luís Antônio, a qual manteve por quase 10 anos. Em 1998, fundou a rede Drogavida, mas a vendeu pouco depois, diante da forte concorrência das grandes drogarias.

No ano 2000, após uma viagem ao exterior, fundou a Ultrafarma, empresa que se consolidou como uma das principais redes de vendas de medicamentos pela internet no Brasil.

Em 2007, a empresa foi vencedora do Prêmio Top of Mind Internet, como a primeira marca de farmácia na internet.

Segundo informações da própria Ultrafarma, a empresa tem mais de 4 milhões de clientes ativos e mais de 15 mil produtos disponíveis para venda através do e-commerce e lojas. “Temos os melhores preços até hoje porque nosso presidente e fundador, Sidney Oliveira, negocia pessoalmente com fornecedores”, diz a empresa no site oficial.

A Ultrafarma tem uma linha de suplementos, vitaminas e minerais. Tem ainda um clube de descontos com o mesmo nome de seu fundador.

 

Em 2023, Sydney Oliveira apresentou ocasionalmente o programa Roda a Roda, ao lado de Rebeca Abravanel, filha de Silvio Santos. A atração do SBT teve a Ultrafarma como patrocinadora.

Oliveira sempre atuou como um nome (e imagem) forte de propaganda da empresa. Seu rosto está nas TVs, outdoors e anúncios de jornais como garoto-propaganda da própria marca.

Sidney Oliveira: casamentos e filhos

Sidney Oliveira é reservado quanto a sua vida pessoal. O empresário tem ao menos 10 filhos.

Conforme matéria publicada pelo Estado de S. Paulo em 2012, o empresário foi casado por 18 anos com Áurea Lima. O casal teve um divórcio conturbado, envolvendo o patrimônio que constituíram.

Sidney e Áurea se separaram em 2009. No mesmo ano, depois de uma briga com a ex-mulher, o empresário publicou um anúncio de meia página nos jornais anunciando que ia deixar a Ultrafarma em razão “de problemas societários”. No dia seguinte, recuou.

Em abril de 2024, ele se casou na Tailândia com Sai Ponjan, com que mantinha um relacionamento já há oito anos. José, filho do casal, é o caçula de Oliveira e tem cinco anos de idade.

Sidney Oliveira: a operação que prendeu o empresário

Conforme o MP-SP, a operação deflagrada nesta terça investiga um esquema de corrupção envolvendo auditores fiscais tributários do Departamento de Fiscalização da Secretaria da Fazenda estadual.

As suspeitas indicam que fiscais manipulavam processos administrativos para facilitar a quitação de créditos tributários de empresas do varejo, em troca de propina, segundo informações do O Globo.

Mario Otavio Gomes, executivo da rede Fast Shop, e um auditor fiscal estadual, identificado como Artur Gomes da Silva Neto, também foram alvos de mandados de prisão.

Segundo as investigações, o fiscal identificado como operador principal do esquema recebia pagamentos mensais por meio de uma empresa registrada em nome da mãe. O valor movimentado em propinas já ultrapassaria R$ 1 bilhão.

Como funcionava o esquema

As investigações apontam que o grupo criminoso favorecia empresas do setor de varejo em troca de vantagens indevidas.

O mecanismo incluía manipulação de processos e redução de dívidas fiscais. Os valores ilícitos eram transferidos por meio de empresas de fachada, dificultando o rastreamento, conforme explicou o g1 São Paulo.

O MP-SP cumpre mandados de busca e apreensão em residências e sedes das empresas envolvidas. Os investigados poderão responder por corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

Crimes como corrupção ativa e passiva estão previstos nos artigos 317 e 333 do Código Penal, com penas que podem chegar a 12 anos de prisão. Já a lavagem de dinheiro, prevista na Lei n.º 9.613/1998, prevê até 10 anos de reclusão. (Colaborou Marcela Tosi)

Fonte e foto:https://www.opovo.com.br/

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Carol Toledo

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