Na noite de terça-feira, 14 de outubro, foi realizado mais um Debates Acise, programa em parceria entre Acise e Correio do Mate que visa levantar a participação de lideranças de Espumoso em diferentes pautas, apresentando os problemas, e analisando possíveis soluções.
Nesta semana, participaram o Administrador do Hospital São Sebastião – São Camilo, André Bruckmann e a Secretária Municipal de Saúde, Letiane Gugel Dolci, que puderam expor a situação das instituições que administram as dificuldades e os avanços.
André Bruckmann – Hospital São Sebastião
Para o administrador, o Grupo São Camilo assumiu uma boa estrutura hospitalar, em termos de hotelaria e equipamentos, no entanto, os desafios seguem sendo os mesmos. Atualmente o hospital atende 92% SUS, quando o mínimo exigido é de 60%. Com isso, é quase impossível equilibrar as contas entre receitas e despesas. Diante disso, o hospital atua com um déficit mensal de R$500 mil, ou seja, fatura R$1,1 milhão mês e possui R$1,6 milhões em despesas. Essa diferença é bancada pelo Grupo São Camilo, através de seus outros hospitais, que passam de 40 o número de entidades administradas pela instituição que é filantrópica e por isso, precisa atender pelo menos 60% de seus pacientes pelo SUS. Essa diferença, segundo o administrador, pode ser reduzida com aumento de repasse do setor público, conquista de verbas estaduais e federais o que permite investimentos, e a compra de serviços pela população regional, que pode, ao invés de procurar atendimento particular em Passo Fundo, utilizar o atendimento do hospital através de seus profissionais. Quanto à implantação de 10 leitos de UTI, Bruckmann aponta que está previsto este investimento e isso permitirá que o hospital suba de patamar, ampliando as especialidades e os tipos de cirurgias possíveis, como exemplo.
Letiane Gugel Dolci – Secretaria de Saúde de Espumoso
A Secretária disse que estar à frente da Secretaria de Saúde é um aprendizado diário. Apontou como avanços a implantação do turno estendido que tem garantido atendimento às pessoas que não conseguem ir em horário comercial e também necessitam de um atendimento fora do horário de expediente, o que reduziu a procura no plantão do hospital e qualificou o atendimento à comunidade. Segundo ela, em 9 meses de governo, os investimentos em saúde já atingem 19% do orçamento quando a Lei de Responsabilidade Fiscal exige um mínimo de 15% e a previsão é que este percentual aumente com a chegada da nova unidade de saúde no Bairro Maravalha, que deverá ocorrer entre os anos de 2026 e 2027 e a construção de um CAPS, para atendimento especialmente a saúde mental. Afirmou que a população está sendo atendida, o setor público conta com bons profissionais e que percebe uma evolução na saúde pública municipal.
A entrevista completa o leitor do Correio do Mate poderá acompanhar nas redes sociais lendo o QR Code em anexo.
Acesse o QR CODE
https://www.youtube.com/watch?v=wIOO1PlY4go&t=1483s