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Como acontece desde sua criação, em 2007, a ECOPAZ tem promovido encontros de formação continuada a seus integrantes e pessoas interessadas em aprimorar seus conhecimentos, buscando trilhar um caminho de autotransformação. No começo de 2024, ocorreu um encontro centrado no aprendizado das Danças Curriculares Ancestrais (Sagradas), que reuniu educadores provenientes de Guaporé, Porto Alegre, Passo Fundo, Marau, Vila Maria, Serafina Correa e Vista Alegre do Prata. O evento contou com a assessoria da professora Rachel Gomes, proveniente de Goiânia (GO).
A Dança Circular Sagrada é uma proposta de educação, que tem caráter pedagógico interdisciplinar e visa facilitar o convívio e a socialização nas escolas e espaços sociais. Através do exercício das danças, proporciona a integração, o pertencimento, a acolhida da diversidade, promove o encontro das diferentes energias e faces culturais, a conexão com o sagrado e com toda a comunidade. As Danças Circulares fazem parte das práticas integrativas e são aplicadas tanto na educação, como no campo da saúde, sendo reconhecidas pelo Ministério da Saúde como uma “prática ancestral e profunda, inspirada em culturas tradicionais de várias partes do mundo” e aplicadas no tratamento da saúde mental e das mais diversas doenças como ansiedade, medos e fobias.

O evento proporcionou aos participantes a apropriação de uma ferramenta muito importante para a educação focada na humanização das relações e na cultura de paz. Como salientou a professora Geisi, “o público que está em idade escolar hoje é muito conectado com a dança, principalmente pelo incentivo das redes sociais. A dança trabalha nossa consciência corporal, lateralidade, noção espacial, colaboração em grupo, entre outras habilidades importantes, que colaboram na vida como um todo. E a dança circular tem o poder de fortalecer aspectos socioemocionais, refletir sobre o tempo-espaço que ocupamos no mundo, como nos relacionamos, entre tantas outras qualidades de extrema importância para exercitar o autoconhecimento e para uma convivência harmônica em coletivo”.
Andréia, outra educadora participante, salientou que “a dança faz parte da vida humana, desde a antiguidade, como forma de expressão. Hoje, é considerada uma forma de estimulação cognitiva, capaz de treinar a linguagem, acionando a memória motora, autobiográfica e a habilidade visuoespacial. As Danças Circulares, nas escolas, contribuem para o desenvolvimento dos educandos que se permitem compreender como integrante num todo para compor o ritmo de uma totalidade. Também, entender o trabalho em equipe, tendo a percepção de que o protagonismo de cada um traz o movimento do outro. Dessa forma, tem-se a expressão de sentimentos e emoções, facilitando o contato e a conexão entre os sujeitos, auxiliando na integração social com harmonia, prazer e diversão”.
Avaliando o evento, a professora Michele enfatizou que “pensei na Dança em sala de aula, com as crianças ritmando os passos, ao mesmo tempo em que as mãos não se largam. A Dança Circular é celebração. Na escola iria além: aprender a errar e ver que o outro está ao seu lado, lhe ajudando a dar o passo correto; ter senso de direção e controle sobre os movimentos; trabalhar a lateralidade, pois a Dança se move em diferentes direções; e talvez o mais importante, aprender e valorizar a Cultura dos povos ancestrais que vive em nós. A Dança é união e foi isso que ocorreu neste belíssimo Encontro”.
Segundo a coordenadora geral, a professora Ironi Guedes, “a ECOPAZ dá a sua contribuição para a qualificação da educação de acordo com a Base Nacional Comum do Currículo (BNCC), buscando desenvolver as competências e habilidades requeridas, oferecendo aos estudantes um caminho de formação integral. Com essa e outras iniciativas que advirão, a ECOPAZ seguirá com o compromisso de contribuir com nossa comunidade”.
Rádio Aurora