A rotina da maioria das pessoas é extensa e envolve muitas horas de trabalho, estudos, atividades de lazer além dos cuidados com a família e a casa, mas o voluntariado permite abrir os horizontes, fazer novas conexões, ampliar a visão de mundo e proporcionar um grande crescimento pessoal.
E ao explanar sobre o voluntariado, logo a região recorda do trabalho realizado pela Liga de Combate ao Câncer de Arvorezinha, que no mês de abril completou dez anos de trajetória. A presidente da entidade, Ligia Camini Faqui, define a Liga como uma história de amor. “Em 2014 foi descoberto que uma de nossas amigas tinha câncer, e logo se formou um grupo para realizar um bingo e assim arrecadar dinheiro para que fosse viabilizado o tratamento dela. Isso se espalhou na cidade e mais pessoas começaram a pedir ajuda também. Aí surgiu a necessidade de formar a Liga”, recorda. A Liga de Combate ao Câncer foi oficializada em 2015 e teve como primeira presidente a advogada e terapeuta Cristiane Nischespois. Ligia assumiu a entidade no início deste ano.
Hoje a Liga conta com cerca de 50 pacientes, de toda a região. “A assistência do município sempre foi muito boa para a saúde, então os pacientes conseguem se deslocar para outras cidades para consultas e tratamentos com transporte da Prefeitura, mas chegando em determinada cidade esse paciente e seu acompanhante precisam comer, então a Liga ajuda com a alimentação. Sabemos que o tratamento oncológico é longo e também pagamos as medicações e exames que o SUS não oferece, bem como doação de suplementação, fraldas, empréstimo de cadeira de rodas para pacientes oncológicos e para pessoas da comunidade que precisarem, afinal, a Liga só existe por causa da comunidade”, disse. Necessitados podem procurar a Liga, realizar cadastro e acessar os benefícios que a entidade disponibiliza. Cabe destacar que quem quiser acompanhar mais sobre o trabalho da entidade ou mesmo a contatar, pode acessar a página no Instagram @ligadecombateaocancerarvorezinha.
Ações
A entidade se mantém mediante doações de outras entidades, de agências bancárias, vendas de produtos como camisetas e guarda-chuvas, e realização de ações e eventos como a Balada Brega e o Brechó, entre outros. “Em outubro teremos nosso Brechó, e já pedimos às pessoas que doem peças de roupas boas, que não usam mais, mas que não sejam descarte. Teremos peças até com etiqueta e com preços acessíveis. As pessoas que quiserem doar peças podem nos procurar”, destacou Ligia.
Outra forma de colaborar com a Liga é por meio da doação espontânea. A secretária da entidade, Lara Camini Faqui, é quem dá mais informações. “Para fazer doação espontânea as pessoas podem entrar em contato com Ligia, com a Adriane Dorigon, ou via rede social. As pessoas podem fazer a doação de R$5, R$10, R$15, enfim. A contribuição é via carnê, via Pix, ou então temos a colaboração do Aristeu Franzon que passa nas casas recolher. É um valor que entra a cada dois meses e ajuda bastante a Liga”, disse.
Ainda, um evento comemorativo aos dez anos da Liga de Combate ao Câncer de Arvorezinha será realizado em setembro. Interessados em colaborar ou adquirir os ingressos podem procurar a entidade.
A importância do voluntariado
Para Lígia, o voluntariado está dentro de cada um. “Mas se doar é maravilhoso, e às vezes não é só pagar um almoço ou emprestar uma cadeira de rodas. É dar um abraço, uma palavra de apoio, é saber ouvir. Nós paramos com isso com a pandemia, mas estamos tentando retomar, com os cuidados necessários. Nós até criamos o projeto que é ‘Cuidar de quem cuida’ para tentar acompanhar também os familiares que enfrentam a doença junto com seus entes”, relata.
A presidente comenta ainda que o diagnóstico do câncer não é uma sentença. “E nós somos o apoio para as pessoas que precisarem. Nosso grupo está muito engajado e conseguimos ver resultados”, disse revelando ainda que o objetivo da entidade é renovar, é trazer gente jovem para entender o que é o voluntariado com quem já atua na Liga há um bom tempo.
Já Lara conta que há um ano integra a Liga efetivamente, mas que desde a sua fundação a ajuda sempre que necessário, nas ações realizadas. “É preciso ter o dom do voluntariado, pois é o dar, sem receber. É não esperar nada em troca. A Liga é algo que não pode acabar, afinal, tem tanta gente necessitando de ajuda. Sou convicta em dizer que hoje é uma das entidades mais importantes da região, e convido as pessoas para contribuírem, pois sempre tem alguém precisando de uma mão amiga, então, que sejamos essa mão amiga”, encerrou.
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