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Com a proximidade do Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março, o Estado celebra um importante marco: a gestão atual do governador Eduardo Leite apresenta o maior número de secretárias mulheres da história do Rio Grande do Sul. Esse dado foi levantado a partir de documentos oficiais da Casa Civil, que permitem uma análise das equipes de governo desde 1930.

Das 27 secretarias, dez têm mulheres à frente, o que corresponde a 37% da equipe. Técnicas tarimbadas em suas respectivas áreas de atuação, elas comandam pastas importantes, cujas ações repercutem diretamente na vida da população. Algumas delas, inclusive, assumiram áreas que historicamente foram geridas apenas por homens no Estado.

O número de secretárias mulheres nesta gestão supera os governos anteriores, incluindo o primeiro mandato de Leite (2019-2022), que tinha, em seu início, 22 secretarias e seis mulheres no comando. Na gestão do seu sucessor, Ranolfo Vieira Júnior (2022), chegou-se, num primeiro momento, a oito mulheres.

Os arquivos da Casa Civil estão completos em relação ao período entre 1983 e os dias de hoje, listando todos os secretários que passaram pelo governo estadual nos últimos 40 anos. Nesse período, além de Ranolfo, os governantes que chegaram mais perto da marca atual foram Yeda Crusius (2007-2010) e Tarso Genro (2011-2014): ambos designaram cinco mulheres para o primeiro escalão.

De 1983 até 2007, quando Yeda assumiu o poder, nenhum mandatário nomeou para suas equipes, logo na largada, mais que três mulheres. Na gestão de José Ivo Sartori (2015-2018), havia duas mulheres, incluindo a primeira-dama, que exercia o cargo de secretária extraordinária do Gabinete de Políticas Sociais.

O parâmetro utilizado para essas análises é o time anunciado por ocasião da posse de cada governador, sem considerar as mudanças que, porventura, tenham ocorrido ao longo dos mandatos.

Entre 1930 e 1983, embora faltem algumas listas e verificações, os registros da Casa Civil permitem visualizar que a presença feminina no centro do poder era diminuta ou até inexistente.

No secretariado da gestão que se iniciou em janeiro deste ano, os homens ainda são maioria, mas agora o Estado está mais próximo de uma paridade. A maior representatividade feminina na administração estadual caminha ao encontro da composição da população do Rio Grande do Sul, majoritariamente formada por mulheres.

“Estamos construindo juntos a sociedade com a qual sonhamos. Esse avanço da presença feminina no primeiro escalão do governo representa o progresso da luta das mulheres por equidade. Resulta de mudanças profundas, sociais e históricas, e aponta para a valorização da diversidade e para o reconhecimento da força e do potencial femininos. Igualdade de direitos e de oportunidades é uma luta e um sonho de todos nós”, destacou Leite.

Único governador reeleito da história gaúcha, Leite vem dando espaço para o público feminino. Algumas pastas nunca foram comandadas por mulheres no passado e agora estão em mãos femininas. Pricilla Santana é a primeira mulher a conduzir a Secretaria da Fazenda (Sefaz) e Izabel Matte, a Secretaria de Obras Públicas (SOP). E Danielle Calazans encabeça a Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG). Todas têm um currículo extenso e credenciais técnicas que as habilitam a assumir posições chave no governo.

Uma novidade também é a participação no governo de Lisiane Lemos, que trabalhou em algumas das maiores empresas de tecnologia do mundo e agora está à frente da recém-criada Secretaria Extraordinária de Inclusão Digital e Apoio às Políticas de Equidade. Mulher e negra, Lisiane tem uma trajetória marcada pela luta contra o racismo e o sexismo no mercado de trabalho e já foi apontada por importantes publicações como uma das jovens executivas mais promissoras do país.

As secretárias da Educação, Raquel Teixeira, da Saúde, Arita Bergmann, do Meio Ambiente e Infraestrutura, Marjorie Kauffmann, e da Cultura, Beatriz Araujo, permaneceram em seus postos de comando, em virtude do excelente desempenho de suas funções na gestão passada. Completam o time Tânia Moreira, que retornou à chefia da Secretaria de Comunicação, e Simone Stülp, que passou de adjunta a titular da Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia.

Texto: Juliana Dias/Secom
Edição: Vitor Necchi/Secom

fonte: Gov do RS

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