O médico Leandro Boldrini, acusado por ser o mentor intelectual do assassinato do próprio filho, Bernardo Boldrini, voltará a sentar no banco dos réus para ser novamente julgado pelo crime ocorrido em Abril de 2014.
No primeiro julgamento ocorrido em março de 2019 Boldrini foi sentenciado a mais de 30 anos de prisão. Uma decisão do Primeiro Grupo Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) determinou a anulação do júri e a realização de um novo julgamento.
Durante entrevista ao Grupo Chiru nesta terça-feira(07) o advogado de Leandro, Ezequiel Vetoretti explicou os passos da defesa para que o pai de Bernardo deixe o plenário do júri, absolvido de todas as acusações. “Como nesse caso é apenas o Leandro a ser julgado, a defesa terá mais tempo para demonstrar ao conselho de sentença a tese necessária que não coube na primeira oportunidade”, disse.
– “O sentimento que eu tenho desde que assumi o caso é que Leandro não tem participação nenhuma nesse crime”, disse o advogado. “Quem matou Bernardo foi à madrasta”, completou.
Sobre a acusação que Leandro Boldrini foi o mentor do assassinato, Vetoretti salienta que não há nenhum indicativo disto ser verdadeiro, ao contrário, conforme o defensor. “Leandro foi um Pai ausente, trabalhava demais, a sua vida era o trabalho, mas isso não faz dele um assassino”, disse. “Tenho a mais absoluta certeza que o Tribunal de Justiça cometeu o maior erro da sua história no Rio Grande do Sul”, completou o advogado.
Leandro Boldrini está preso no Presídio de Alta Segurança de Charqueadas (PASC) desde 2014 e teve negado, após a anulação do primeiro julgamento, o recurso de aguardar o novo júri em liberdade. O julgamento foi marcado pelo Juízo da Comarca de Três Passos para ocorrer em 20 de março de 2023, a partir das 9h30min, no Salão do Júri do Foro local.
fonte: Grupo Chiru