Com reconhecimento da situação pelo governo federal, as 283 cidades estão autorizadas a receber recursos da União para ações de assistência imediata e de longo prazo. Com a medida, as 283 cidades nessa situação estão autorizadas a receber recursos da União para ações de assistência imediata, como compra de alimentos e desobstrução de vias; e para projetos de longo prazo, como a construção de unidades habitacionais.
Desde setembro do ano passado, o estado tem enfrentado problemas em razão de temporais, enchentes, ciclones e outros efeitos naturais. À época, o governo federal anunciou o repasse de R$ 741 milhões para municípios gaúchos.
Em março, mais R$ 134 milhões foram enviados para a região para ações de assistência, reestabelecimento e reconstrução de danos causados pelas chuvas.
Balanço
De acordo com o último boletim divulgado pela Defesa Civil Nacional, oito pessoas morreram por conta das chuvas, 11 ficaram feridas e 21 ainda estão desaparecidas no Rio Grande do Sul.
Até o momento, mais de 19 mil pessoas foram afetadas por conta dos temporais em 103 municípios; mais de 1.000 pessoas estão desabrigadas e 1.130 foram desalojadas.
O governo do Rio Grande do Sul estabeleceu um gabinete de crise, que tem atuado com foco no resgate de famílias que estão isoladas pelas inundações.
O governador Eduardo Leite (PSDB) determinou a intensificação dos esforços para resgatar famílias ilhadas, com atenção especial ao município de Candelária, que se encontra em estado crítico, segundo a Defesa Civil. Além da Força Aérea, aviões da Brigada Militar e da Polícia Civil também vão atuar nos resgates.
A previsão é de que o volume de chuvas continue elevado, podendo alcançar até 300 milímetros em algumas áreas. Todos os rios monitorados estão com níveis acima dos limites de alerta. Nos próximos dias, a preocupação se estenderá aos municípios da região metropolitana de Porto Alegre, incluindo os rios Jacuí, Guaíba e Sinos, que também podem transbordar.