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Dentre as diversas dificuldades encontradas, ainda temos o nosso “mar de rosas”. Quando nos deparamos com o autismo, nos lapidamos todos os dias para sermos uma pessoa melhor do que o esperado, pois seguir o padrão está fora de nossos planos. Pesquisamos, continuamente, como surpreender a nossa criança, pois sabemos que ela está sempre querendo algo diferente. Descobrimos, na diversidade, coisas magníficas, uma delas é não ter vergonha de se rolar no chão se precisar, o importante é concluir a tarefa iniciada (início, meio e fim).

Assim, como não temos medo de tentar o diferente, não temos medo de errar. Afinal, nos perguntamos todos os dias o que é o certo e oque é o errado. Não nos preocupamos com “picuinhas”, nem com coisas e pessoas que não merecem visão, pois nossos objetivos superam futilidades. Amamos muito e estamos, na maior parte do tempo, felizes e vangloriamos as pequenas conquistas, enquanto os outros somente acham que o sucesso é o esplendor.

Sabemos o valor de cada sorriso encontrado no nosso caminho, e das caras feias também, mas tudo bem, não damos ênfase às carroças vazias. Somos lapidados para darmos e absorvermos o melhor do mundo, pois nossas conquistas são únicas. Nos ressignificamos a cada dificuldade, aprendemos a ter resiliência todos os dias, amamos intensamente, pois encontramos um grande valor nas “pequenas” coisas.

Das coisas boas que o autismo nos traz, a melhor são nossos filhos. Eles são nossos verdadeiros professores, pois não é fácil educar uma pessoa atípica, é desafiador. Descobrir qual o manejo adequado para o momento, quando ele deve ser modificado e saber o motivo da mudança. Perceber antecedentes e consequências de alterações de comportamento é como brincar de caça ao tesouro, se olharmos com bons olhos.

Ganhamos o prêmio quando alcançamos nosso objetivo e obtemos nossa vitória; quando chegamos perto de ganhar e reformulamos as tentativas e também quando percebemos que não era o caminho adequado para o momento. Sempre ganhamos. Estamos muito ocupados e, assim como todos os pais, não podemos baixar a guarda por nenhum instante. Quando estamos em uma batalha, e sempre estamos, não é porque somos atípicos, somos como o mar. Alguns dias com águas calmas e em outros dias destruindo tudo, mas o tempo é mestre, temos que ser pacientes.

Em suma, somos muito felizes. Quando muitos pensam que temos limites e tentam determiná-los, vamos lá e com um dedinho a barreira se esfacela. E não existe nenhuma receita ou motivo nobre para isso, o único motivo pelo qual as coisas acontecem é que tudo que fizemos é com CONHECIMENTO E AMOR. E, convenhamos…, são duas palavras que muitos desconhecem.

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