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Dentre os diversos presentes que temos na vida, o tempo é um dos melhores. Independente do que aconteça, ele, o tempo, se ajusta de uma forma significativa. No autismo, o tempo nos mostra que a qualidade do seu uso é a chave para o desenvolvimento. No início, quando o diagnóstico aparece derrubando tudo, a família fica apreensiva e busca, de todas as maneiras possíveis, preencher o tempo da criança com uma carga de terapias como se a quantidade fosse certeza de bons resultados.

Encarar os fatos como eles são é o caminho; assumir a direção nessa caminhada é uma fortaleza; manter o equilíbrio durante a “viagem” é uma dádiva. O tempo nos mostra o que devemos seguir e no que precisamos focar, assim como, quando recuar e reconsiderar. Por algum motivo, nos ensina, quando bem trabalhado, a procurar alternativas e entendimentos para diversas problemáticas.

O autismo e o tempo parecem não serem amigos, mas não são os únicos. No decorrer da caminhada percebemos que o tempo é um presente aí então passamos a valorizá-lo e organizá-lo melhor de acordo com nossos objetivos. Paramos de questioná-lo e analisamos cada mudança que ele nos traz, na sua mais singela beleza. Compreendemos que, considerando o tempo como inimigo, não o entenderemos e tudo se tornará mais difícil.

O Natal é um dos melhores presentes para que o ser humano reflita. Faz-nos pensar em algo maior que a pressa, que as imperfeições, que as discórdias e proporciona reconsiderar e reavaliar o que somos e no que gostaríamos de nos tornar, pensar se o meio entre esta trajetória possui conexão com os extremos. O Natal é como o tempo, um presente, traz vida, recomeço e perdão (jamais esquecimento), nos dá a oportunidade de recomeçar.

Autismo e Natal possuem muito em comum, pois reavaliar, recomeçar e ressignificar são constantes nesse contexto. O tempo de entendimento é visto de diferentes formas, mas, paulatinamente, vai se ajustando e analisando em quais contextos se torna mais significativo. Talvez a chave para compreensão do tempo, seja o presente que muitos têm e não sabem dar valor, somente quando chegam ao ponto de decidir sobre como o vão encarar é que ele corrobore realmente na vida dos envolvidos. Que este Natal seja uma oportunidade de despertar, acordar não somente para si mesmo, mas para dar sentido à vida das pessoas que nos rodeiam.

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