O presidente internacional do grupo Carrefour, esquecendo-se da globalização e de que possui muitas lojas no Brasil, resolveu “lacrar”, dizendo que não compraria carne do Mercosul para abastecer suas lojas na França. Sua decisão causou furor nos maiores produtores de proteína animal, que, não por acaso, ficam no Brasil, o país principal do Mercado Comum do Sul. A posição do CEO francês uniu os produtores e o governo brasileiro em uma ação de boicote ao abastecimento de carnes à rede varejista no Brasil, causando o esvaziamento de seus açougues e o pedido formal de desculpas, por conta do ruído diplomático e o prejuízo em seus negócios, no agora chamado, parte do Sul do Mundo global.
A Posição do empresário está alinhado à discordância dos franceses em assinar o acordo de livre comércio entre o Mercado Comum Europeu e o Mercosul. Os produtores rurais franceses não são capazes de competir com os sul-americanos. Seu clima só favorece uma cultura anual na agricultura, enquanto no Brasil permite várias, e a produção de carne no país é muito cara e subsidiada pelo tesouro francês. A França, tão elegante em seus costumes, menos em tomar banho, tem que aguentar os protestos dos produtores rurais despejando esterco de gado na cidade, em frente aos lindos palácios e a prédios públicos. O povo da cidade precisa pagar mais caro pelos alimentos, por conta da ineficácia do campo.
Por muito tempo, os representantes da França alegavam que não queriam o referido acordo por conta da ecologia. Que os produtos importados do Brasil vinham de áreas desmatadas e todo o tipo de falsa preocupação com a natureza. Aos poucos, foram sendo desmascarados e agora, revelaram suas reais motivações. Sabemos que o Brasil desmata a Amazônia para expandir o agronegócio de forma criminosa. Estes comportamentos devem ser punidos e o rastreio da produção pode ser implementado imediatamente para coibir esta prática danosa ao meio ambiente. Quem queima e desmata não deve se beneficiar do crime. Os produtos produzidos nas regiões devastadas propositalmente, não devem ser compradas e a produção não deve ser financiada com recursos públicos, como vem ocorrendo na atualidade, mesmo com a fiscalização dos órgãos ambientais governamentais.
O parlamento francês, aproveitando o barulho causado pelo presidente do Carrefour, aprovou menção de reprovação do acordo, mesmo sabendo que quem decide a questão é o parlamento do União Europeia. É preciso desmascarar o presidente Macron, que vem ao Brasil para tirar fotos com Lula e fazer discursos vazios e aprovar o acordo que iniciou em 28 de junho de 1999.
Chega de complexo de vira-lata, somos gigante e precisamos ser respeitados. Que todos aqueles líderes que compareceram ao G20 no Rio de Janeiro entendam que somos protagonistas da geopolítica internacional, não meros coadjuvantes, como os países ricos desejam e tentam nos tratar.