Na quinta-feira, 18/07, o vice-presidente da Cotrisoja e também vice-presidente da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado do Rio Grande do Sul (FecoAgro), Adriano Borghetti, participou de importante encontro envolvendo entidades representativas do setor cooperativista, com o ministro Extraordinário de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta, em Porto Alegre (RS). Também participaram do encontro os ministros da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, e do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira. Na pauta, temas importantes como crédito e endividamento. Além de Adriano, também representaram o setor cooperativista, o diretor executivo da Fecoagro, Sérgio Feltraco, os presidentes do Sistema Ocergs, Darci Hartmann, e da Cotrijal, Nei Mânica.
Durante a reunião ficou demonstrado que o governo federal está decidido a construir um mecanismo para eliminar restrições (históricas) de acesso a um novo crédito, permitindo a adesão às propostas de renegociação das dívidas dos produtores. Atualmente há um impeditivo legal previsto na LOA, para a “negativação”. O caminho para essa solução está em consulta junto à Advocacia Geral da União ou, no limite, na proposição de um PLN (o que seria mais demorado).
Outro ponto destacado foi a importância de dar atenção ao papel das cooperativas como agente financiador, além da necessidade de alcançar solução para “estoque” de dívidas dos cooperados junto às Coop’s. Para esse caminho, o governo irá, até o próximo dia 30 de julho, editar uma Medida Provisória, que contemplaria mecanismo de tratamento para esse crédito das Coop’s. Para contribuir sobre o conteúdo da MP, foi agendado encontro para a próxima semana, em Brasília. A MP, conforme os ministros manifestaram, abrigará também o endividamento dos agricultores.
E um terceiro tema debatido foi sobre o enquadramento das Coop’s (DAP acima de 60%) para poderem acessar créditos das linhas Pronaf. O setor já teve uma reunião com o MDA, quando foi apresentada uma planilha de restrição de acesso e reduzido o número de beneficiários/cooperados pela que hoje tem mais de 75%. Igualmente, na agenda de Brasília, a ideia é propor medida de excepcionalizar o acesso ao crédito pelas Coop’s com 60%, ao menos para o Rio Grande do Sul, por disposição transitória até 30 de junho de 2025.
Avaliando o encontro, Borghetti destacou que através da Fecoagro, as cooperativas têm feito um forte trabalho de articulação com o governo em defesa dos produtores. “Temos feito encontros, encaminhado dados e documentos que estão sendo fundamentais para a formatação que algumas ações que irão acontecer. Este trabalho, que por vezes é silencioso, é fundamental e temos a certeza que trará importantes conquistas para os produtores associados das cooperativas gaúchas” diz o dirigente.