A equipe da Administração Municipal intensifica as ações de combate à dengue. Conforme boletim de saúde desta quarta-feira, dia 8, Encantado soma 56 casos de dengue. O primeiro caso foi confirmado no dia 23 de janeiro.
Desde o início desta semana, técnicos do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS) foram chamados para auxiliar no diagnóstico, controle e fiscalização.
O Comitê de Crise foi instalado no Centro Administrativo Municipal para alinhar as estratégias, principalmente, no combate e disseminação do mosquito e da doença. O grupo é formado por integrantes da Secretaria Municipal de Saúde, Centro de Operações Emergenciais (COE), técnicos de epidemia e vigilância sanitária, agentes de endemia e técnicos da CEVS. Reuniões de alinhamento com as agentes comunitárias de saúde também foram realizadas.
Nos últimos dias começou a ser adotada a técnica de bloqueio no raio de 150 metros do caso confirmado, com a aplicação do produto Cielo. O trabalho já foi feito nos bairros Lago Azul e Planalto e em uma área do centro. Nesta quinta-feira, dia 9, a ação se concentrará no Bairro Lambari.
O prefeito Jonas Calvi e a secretária de Saúde, Meio Ambiente e Assistência Social, Clarissa da Rosa Preto Scatola, acompanham de perto o trabalho das equipes e pedem que a comunidade acate as orientações dos profissionais. “É importante que as pessoas que sejam visitadas estejam dispostas a receber os técnicos e as nossas agentes. Eles estão capacitados para transmitir as informações e, se for necessário, ajudar na eliminação dos criadouros de mosquitos. Todos nós precisamos fazer a nossa parte”, afirma o prefeito Jonas. “A cada 10 dias nascem novos mosquitos. É fundamental que, no mínimo, uma vez por semana, os moradores façam uma varredura no pátio da casa para verificar se há criadouros do aedes. E hoje, o uso do repelente precisa ser diário”, alerta Clarissa.
“Não pode deixar o mosquito nascer”
De acordo com o agente de saúde do CEVS, Elson Rezende da Silva, a situação é preocupante. “Os casos de pessoas contaminadas evoluíram rapidamente. Estamos fazendo todas as ações preconizadas no Programa Estadual de Controle do Aedes, mas a gente está vendo pouca participação da população”, comenta. “O inseticida Cielo que estamos aplicando é uma ação complementar. Não resolve o problema. A eficácia dele é em torno de 30%. Porque o produto não mata a larva e o ovo. Ele só mata o mosquito adulto, e por contato. Para realmente cortar a circulação do aedes é preciso evitar os criadouros. Porque não adianta matar 20 mosquitos e nascer 100. É necessário cortar o mal pela raiz, ou seja, não deixar o mosquito nascer”.
Silva reforça que a população precisa fazer a sua parte, revisar o pátio e descartar qualquer recipiente com água parada que se transformará em criadouro. “Nas visitas estamos encontrando pessoas doentes que tem criadouros com larvas no pátio da casa. Isso não pode acontecer”, lamenta.
fonte: Assessoria de Imprensa