A equipe de endemias juntamente com a vigilância sanitária da Secretaria de Saúde de Espumoso divulgou os resultados dos últimos levantamentos realizados no mês de janeiro a respeito da ocorrência do mosquito Aedes aegypti, transmissor do vírus da dengue no município.
Infelizmente os dados são alarmantes, visto que nos dois tipos de métodos utilizados para realizar o estudo, os resultados mostraram que o município está completamente infestada pelo mosquito, com ocorrências registradas em todos os bairros. No método tradicional conhecido por LIRA, realizado entre os dias 13, 14 e 15 de janeiro, todas as amostras de larvas de mosquito encontradas em depósitos de água parada deram positivas para a espécie. Já no método recentemente implantado chamado Ovitrampa, das 43 armadilhas instaladas entre os dias 23 e 28, na metade delas foram encontrados ovos do mosquito.
A equipe alerta que é necessário mais uma vez reforçar para a comunidade a importância dos cuidados com a água parada, além de eliminar todo e qualquer local que possa se tornar foco do mosquito, por menor que seja, como tampinhas de garrafas, lonas velhas, sacolas plásticas expostas ao tempo entre outros. É urgente que cada família revise, uma vez por semana, seu pátio, ação que deve ser reforçada também após registros de chuvas.
A dengue é uma doença extremamente séria, que causa muita dor, fraqueza e risco de morte. O município já teve muitos casos da doença no ano passado. Portanto, a situação, a partir de agora, pode se agravar drasticamente.
Até o momento o município não tem nenhum caso ativo de dengue. Mas toda a cautela é necessária e todos são responsáveis pelo controle do mosquito.
Confira algumas dicas:
1. Mantenha a caixa d’água totalmente vedada e avalie a possibilidade de colocar uma tela na saída do ladrão. O mesmo cuidado é válido para cisternas e tonéis que servem como reservatório de água.
2. Feche bem os sacos de lixo e procure colocá-los em locais mais altos, fora do alcance de animais. Já as lixeiras devem permanecer sempre muito bem tampadas.
3. Avalie quais pratinhos de plantas podem ser eliminados e preencha com areia até a borda aqueles que forem mantidos.
4. Dispense corretamente no lixo qualquer tipo de objeto que não seja utilizado e tenha potencial para acumular água. Garrafas, potes e vasos devem estar vazios e, se possível, tampados.
5. Retire folhas, galhos e sujeiras que impeçam o livre escoamento da água da chuva pelas calhas.
6. Instale telas nos ralos e mantenha-os sempre limpos. Caso estejam fora de uso, deixe-os muito bem tampados – o mesmo é válido para sanitários que são utilizados eventualmente.
7. Limpe e seque as bandejas de ar-condicionado e geladeira – modelos mais antigos do eletrodoméstico podem ter o reservatório na parte de trás.
8. Utilizando a parte mais áspera da bucha, esfregue muito bem o fundo e as laterais de potes de água oferecidos a animais, assim como qualquer outro apetrecho usado para guardar água.
9. Na área de serviço, mantenha baldes e outros utensílios virados com a boca para baixo.
10. Estique ao máximo as lonas usadas para cobrir objetos, evitando a formação de poças d’água em caso de chuva.
11. Mantenha em dia a manutenção de piscinas. Os cuidados semanais incluem sanitização da água com cloro e a limpeza das bordas.
Texto e fotos: Agentes de endemias da Secretaria da Saúde de Espumoso