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O governador Eduardo Leite assinou na tarde desta segunda-feira (19/8) um protocolo de intenção com empresas especializadas em energia renovável para desenvolver um novo projeto eólico, a ser instalado na região da Fronteira Oeste do Estado. O objetivo é reforçar o potencial de geração de energia limpa do Rio Grande do Sul. Análises preliminares indicam que o projeto tem potencial de atrair cerca de R$ 3 bilhões em investimentos e de gerar mais de mil postos de trabalho.

O protocolo foi assinado com a Vento Pampeiro, um consórcio formado pela Vestas Development (empresa de origem dinamarquesa dedicada ao desenvolvimento de projetos para a geração de energia eólica), e pela Renobrax (empresa com sede em Porto Alegre, responsável pela concepção de projetos de energia renovável em todo o Brasil). Com o acordo, o governo do Estado espera posicionar o Rio Grande do Sul como importante ator no movimento pela descarbornização do planeta e contra os efeitos nocivos das mudanças climáticas – com destaque para a busca por fontes renováveis de energia.

“A partir do protocolo, vamos trabalhar em um regime de cooperação ainda mais profundo com as empresas para que possamos tornar o aporte uma realidade. Investimentos em geração de energia são importantes não apenas economicamente, mas também para destacar o Rio Grande do Sul em uma estratégia global de desenvolvimento sustentável”, explicou Leite. “Já temos 80% da nossa matriz energética gerada a partir de fontes renováveis, e queremos avançar ainda mais nessa direção, alavancando outros empreendimentos do setor.”

O acordo tem o objetivo de viabilizar o Complexo Eólico Três Divisas, que deve ser instalado nas cidades de Uruguaiana, Alegrete e Quaraí, com possibilidade de expansão para outros municípios da região. Conforme estudos já efetivados pelas empresas, o local possui um alto potencial para fornecer energia, podendo chegar a 400,5 megawatts.

Leite na assinatura do protocolo   ago24
“Já temos 80% da nossa matriz energética gerada a partir de fontes renováveis, e queremos avançar ainda mais”, disse Leite – Foto: Jürgen Mayrhofer/Secom

“Estamos trabalhando de forma determinada para que o Estado, nessa reconstrução tão desafiadora e que requer grande esforço, possa também manter os investimentos que vinham sendo construídos anteriormente”, destacou o secretário de Desenvolvimento Econômico, Ernani Polo.

Em sua fala, a titular da Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), Marjorie Kauffmann, salientou os esforços dedicados para tornar o projeto possível. “Temos agora uma iniciativa que pode começar imediatamente. Esse passo comprova que os esforços de todos estão no mesmo sentido, e reforça também o nosso compromisso com a execução das próximas etapas de licenciamento”, garantiu.

Próximas etapas

O documento tem validade de dois anos a partir do ato de assinatura. Com isso, o governo estadual assume o compromisso de trabalhar para auxiliar nas demandas junto aos órgãos públicos, viabilizar expedição de autorizações necessárias e dar suporte nos processos administrativos em setores essenciais para a implantação do projeto.

“A Organização Meteorológica Mundial confirmou que 2023 foi o ano mais quente já registado, 1,45ºC acima dos tempos pré-industriais. É preciso ressaltar que a transição energética só será acelerada se todos os setores dedicarem esforços na descarbonização, o que impulsionará o aumento da adoção de energias renováveis”, afirmou o vice-presidente de Assuntos Públicos da Vestas na América Latina, Leonardo Euler de Morais. “O acordo firmado hoje confirma-se como um passo fundamental nessa jornada de evolução.”

“Na Vestas, estamos comprometidos a contribuir para fechar a lacuna que pode surgir entre novas oportunidades de investimentos e a oferta de projetos de alta qualidade. Sabemos que a etapa de planejamento de novos parques eólicos é uma atividade complexa e dinâmica, que requer expertise técnica, com atenção especial a temas de segurança, impacto socioambiental e viabilidade econômica”, explicou o vice-presidente de Development da Vestas para a América Latina, Frederic Guillaume. “Felizmente, esses são ativos que dominamos amplamente, e que incorporamos em nossos projetos para habilitar boas oportunidades de investimento e maximizar o valor que será adicionado pelo futuro empreendimento”.

Para o sócio-diretor na Renobrax, Stevan Ruschel da Silveira, o acordo conta com os melhores recursos técnicos e de capacitação profissional. “Combinando nossa ampla experiência de mercado com o know-how e a robustez de uma empresa líder mundial como a Vestas, estamos confiantes no impacto positivo que a iniciativa poderá gerar, fazendo do Rio Grande do Sul um importante polo de energia eólica nacional”, disse.

Às empresas caberá o trabalho de conceituação técnica e planejamento detalhado do projeto, realizando seu desenvolvimento até a viabilização comercial, a atração de investidores e a construção. Técnicas para garantir o maior aproveitamento de recurso eólico e conhecimento de tecnologia de ponta dos equipamentos que devem ser instalados serão usadas para a conceituação do projeto.

Após a finalização da primeira fase, o projeto segue para a etapa de viabilização e alocação de recursos, que possibilitará sua comercialização aos investidores interessados na geração de energia renovável.

Texto: Thales Moreira/Secom
Edição: Felipe Borges/Secom

 

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