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Porém, os dados estatísticos não refletem o dia a dia do trânsito na “Capital da Hospitalidade”. Há muitos acidentes, conforme destacam o tenente Júlio César de Oliveira Greff e o delegado Tiago Lopes Albuquerque, que não são registrados pelas partes envolvidas. São raspões e colisões com pequenos estragos nos veículos que, na grande maioria, são resolvidas amigavelmente entre os motoristas, sem a necessidade do chamado dos policiais militares, responsáveis pelo controle da trafegabilidade, ou do registro on-line.
O comandante da BM, tenente Greff, salienta que, se analisar somente os acidentes de trânsito atendidos pelos policiais (81 em 12 meses), os dados estatísticos caem drasticamente.
“Com maior foco na prevenção e combate à criminalidade, os policiais militares atenderam menos acidentes de trânsito ‘in loco’. De outra forma, aumentamos as orientações para que as partes envolvidas efetuassem o registro na internet. Facilita para todos. É bom ressaltar que essa medida é válida somente para casos sem lesões corporais. O policial fica menos envolvido no local do acidente e mais tempo à disposição para evitar ações delituosas”, destacou Greff.
Os casos mais graves, com o registro de vítimas fatais, foram atendidos pelos policiais civis e militares nos meses de abril e dezembro. Quatro pessoas perderam a vida. O primeiro, no dia 15 de abril, uma colisão frontal entre dois veículos na rua Carlo Termignoni, no conhecido Acesso Sul, deixou três vítimas fatais. No segundo, em 23 de dezembro, na rua Pinheiro Machado, um homem morreu atropelado. Em ambos os casos, os motoristas que provocaram as tragédias estavam sob influência de álcool e não prestaram socorro. Porém, foram presos em flagrante.
“São as duas ocorrências mais graves de trânsito atendidas na zona urbana ao longo dos últimos anos. Os dois motoristas responsáveis pelas colisões estão respondendo criminalmente por dolo eventual. Assumiram o risco por estarem embriagados, mesmo que inicialmente não fosse o desejado, de produzir o resultado. Um deles encontra-se preso e o outro está utilizando tornozeleira eletrônica, conforme determinação da Justiça. São casos complexos para análise, mas que foram concluídos nos Inquéritos Policiais”, ressaltou o delegado.
Homenagem e mudanças
Como mostra a foto, a família de Jairo Arí Marques (72 anos), morto em dezembro, colocou no canteiro central da rua Pinheiro Machado, como forma de homenageá-lo e lembrar a comunidade do acidente, uma cruz de madeira. Lá está o nome e a data da tragédia. No Acesso Sul, onde perderam a vida Darlan Eugênio Martini (26 anos), Irelda de Amorin (59 anos) e Theo Henrique Rodrigues (oito meses), o pavimento asfáltico recebeu uma nova sinalização com tachões que obrigam os condutores a reduzirem a velocidade, além de novas placas.
Central de Conteúdo/Rádio Aurora 107.1 FM