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Divergências na mancha de inundação, inconsistência de dados e até possíveis fraudes estão sendo verificadas em mais de 100 municípios gaúchos. Dois fiscais do Grupo de Apoio a Desastres (Gade) estiveram analisando a situação no município
Passados dois meses e meio da maior catástrofe climática no Rio Grande do Sul, que causou um rastro de destruição em centenas de cidades, deixando milhares de desabrigados e desalojados, a reconstrução acontece de forma gradual e muitas famílias atingidas recomeçam suas vidas. Recursos dos Governos Federal, Estadual e Municipais estão sendo utilizados para obras de infraestrutura e nas áreas da assistência social e saúde. Porém, os programas de incentivo direto criados, estão deixando a desejar. O que era para ser uma ajuda financeira rápida, ainda está “em análise” para centenas de pessoas.
Por divergências na mancha de inundação, muitas causadas pelo programa de análise utilizado pelo Governo Federal, bem como inconsistência de dados e até possíveis fraudes, o valor de R$ 5,1 mil do Auxílio Reconstrução, por exemplo, não foi depositado para famílias gaúchas de mais de 100 municípios. Em Guaporé, a Administração Municipal, juntamente com a Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil (COMPDEC), foram mais de 640 famílias cadastradas e a maioria aguarda o benefício.

“Todos os dados requisitados pelo Governo Federal foram incluídos no sistema há mais de um mês. Acreditávamos que as famílias receberiam em poucos dias, mas problemas foram verificados em muitos municípios e uma análise ‘in loco’ foi necessária para evitar possíveis fraudes”, disse Michele Sogari, da Secretaria Geral de Governo.
Para analisar a mancha de inundação em Guaporé, dois técnicos do Grupo de Apoio a Desastres (Gade), do Centro Nacional de Monitoramento de Riscos e Desastres (Cenad), da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, estiveram passando por bairros atingidos pela cheia do Arroio Barracão e em pontos isolados na zona rural. Ampliaram o leque de informações e, acompanhados do coordenador da COMPDEC, Rafael Pissetti, puderam perceber o nível que a água chegou nos imóveis. Eles vieram de Brasília para a realização da análise.
“Muitas famílias estavam ansiosas pelo recebimento dos R$ 5,1 mil do Auxílio Reconstrução. É um valor significativo para recomeçar com a aquisição de móveis e outros pertences que foram destruídos pelas fortes chuvas. Levamos os técnicos às áreas afetadas. Puderam ver e registrar os estragos. Em breve, assim como o prometido, as famílias vão receber o benefício”, disse Pissetti.
As divergências, segundo o coordenador da COMPDEC, foram no sistema utilizado pelo Governo Federal para o mapeamento das áreas.
Central de Conteúdo/Rádio Aurora 107.1 FM