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Mesmo sem viatura adequada para o enfrentamento das estradas vicinais, que foram praticamente destruídas pela força das águas, os servidores do 4º Pelotão do Corpo de Bombeiros Militar (4º PelBM), de Guaporé, seguem incansáveis no resgate e salvamento de pessoas que ficaram isoladas na zona rural do município e cidades da região. Eles contam com auxílio da comunidade que, com a cedência de veículos 4×4, conhecimento do ‘terreno’ e ajuda braçal, faz-se importante em um momento crucial para que vidas sejam salvas.
Na tarde da quarta-feira, dia 8 de maio, os bombeiros, sargento Rebelo e o soldado Cleiton, com a colaboração de Odair Rossetto, Diogo Dall Orsoletta, Daniel Galoni, Gilmar Rodrigues, Volmir, resgataram na Comunidade Olaria, localizada às margens do Rio Guaporé, zona rural de Anta Gorda, uma senhora de 78 anos. Ela, juntamente com o esposo, ficou isolada após o deslizamento de barreiras que impossibilitaram o deslocamento para a cidade. A cheia do rio arrasou propriedades rurais, danificando residências.
“Há risco de novos deslizamentos em virtude das condições climáticas que estão previstas para os próximos dias. O solo ainda está muito encharcado e podemos, se muitas famílias permanecerem em suas residências, presenciar uma tragédia sem precedentes. Nossa missão é salvar vidas e, com ajuda de populares, montamos uma operação para o resgate da senhora. Era um pedido dos filhos e, mesmo com a insistência de querer permanecer no imóvel, conseguimos convencê-la, logrando êxito”, disse o sargento.
Para chegar até a Comunidade Olaria, a jornada dos bombeiros e da força tarefa foi complicada. Sem a Dodge RAM 4×4, que está para ser consertada em Passo Fundo, a guarnição desceu com a caminhonete Fiat/Strada até um ponto da estrada vicinal da Linha 3 de Maio – proximidades do Bíscaro. Carregaram o barco para passar a ponte. Embarcaram em uma Tobata e seguiram até a beira do Rio Guaporé. Atravessaram a antiga estrutura de concreto que divide as cidades e conseguiram localizá-la. Depois de horas, mesmo com dificuldades, a trouxeram para a cidade de Guaporé onde ficará aos cuidados dos familiares.
“Agradecemos à comunidade que tem sido muito parceira. Sem eles, não conseguiríamos ter êxito nas ações. Colocam-se à disposição, investem seus recursos e tempo para colaborar. É uma solidariedade jamais vista”, concluiu o sargento Rebello.





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