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A Cooperativa Languiru entregou ao Ministério Público do Rio Grande do Sul, nessa terça-feira, 19, o relatório completo da auditoria independente que analisou a gestão da entidade entre 2018 e 2022. O documento, elaborado pela empresa Dickel & Maffi – Auditoria e Consultoria, traz um diagnóstico detalhado sobre as decisões administrativas tomadas no período que culminaram na crise financeira enfrentada pela Cooperativa.

O relatório foi apresentado em Assembleia Geral Extraordinária em setembro e sua versão final, composta por 73 páginas, foi entregue no final do mês de outubro. Na última semana, a direção e o Conselho Fiscal se reuniram em apresentação realizada pela Auditoria Externa para avaliar as informações.

A partir deste momento, com coordenação do Conselho Fiscal da Cooperativa, as equipes técnicas internas realizarão avaliação criteriosa do material, para que as eventuais medidas administrativas e judiciais de responsabilização civil possam ser tomadas. Concomitantemente com o trabalho capitaneado pelo Conselho Fiscal, a gestão atual encaminhou o Relatório ao MP, com o objetivo de garantir que as medidas cabíveis sejam tomadas pelo órgão competente e em conformidade com a lei.

“Este relatório revela informações cruciais para compreendermos as falhas do passado e direcionarmos nossas ações para a correção e a recuperação da Cooperativa. O envio ao MP reforça nosso compromisso com a transparência e a legalidade”, destacou Tiago Lerner, coordenador do Conselho Fiscal.

A auditoria foi iniciada em setembro de 2023 e levou cerca de um ano para ser concluída. O trabalho focou em oito frentes principais, incluindo o levantamento da real situação econômica e financeira da Cooperativa, a análise de investimentos realizados, a leitura de atas de conselhos e assembleias, a verificação de empréstimos e financiamentos, e a revisão de contas vinculadas a produtores e diretores.

Além disso, entrevistas realizadas com pessoas que se voluntariaram para contribuir com informações trouxeram à tona detalhes sobre decisões que impactaram negativamente os resultados da gestão no período auditado. O relatório revelou falhas administrativas graves, entre elas a ausência de controle financeiro em áreas críticas e a apresentação de números que não condiziam com a realidade fática, que comprometeram a sustentabilidade da Cooperativa.

Transparência como prioridade

A atual gestão da Languiru destacou que a entrega do relatório ao MP faz parte de seu compromisso com a transparência e a reconstrução da confiança junto aos associados, credores e parceiros. “Estamos agindo com prudência para entender completamente o que ocorreu antes de expor nomes ou empresas. Queremos garantir que as ações sejam tomadas com responsabilidade”, afirma Paulo Roberto Birck, presidente-liquidante da Cooperativa.

Segundo Birck, “a entrega do documento representa mais um capítulo no processo de reestruturação da Languiru, que busca, com ações concretas, reconquistar a confiança de seus associados e restabelecer sua relevância no Vale do Taquari e no cenário cooperativista gaúcho”.

Desde que assumiu, em 2023, a gestão tem adotado medidas para a recuperação financeira e institucional da Languiru, que atualmente está em processo de Liquidação Extrajudicial em Continuidade de Operação. O foco, segundo a direção, é reestruturar a Cooperativa sem interromper suas atividades, buscando preservar o legado construído ao longo de décadas.

“Com o relatório agora em posse do Ministério Público, caberá à instituição avaliar as informações e determinar as medidas legais e administrativas necessárias. Internamente, a Languiru seguirá avançando em seu plano de recuperação, reforçando o compromisso com uma governança responsável e com a retomada da estabilidade financeira”, explica Gustavo Marques, Superintendente Administrativo, Comercial e Financeiro da Languiru.

Fonte: A Hora

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