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O contrato de trabalho de 1949 será preservado no Memorial Dália e, futuramente, integrará o acervo do Museu Brasileiro da Suinocultura.
Guardar documentos é uma forma de manter viva a memória do passado. Com esse propósito, ainda no mês de outubro, a família Seppi entregou à Cooperativa Dália Alimentos o contrato de trabalho do imigrante italiano Silvio Seppi, que participou da construção do frigorífico de suínos da Dália, em 1949.
Na ocasião, os presidentes do Conselho de Administração, Gilberto Antônio Piccinini, e Executivo, Carlos Alberto de Figueiredo Freitas, receberam das mãos do jornalista encantadense Sergio Lourenço Seppi o documento histórico de seu pai, Silvio, imigrante italiano que contribuiu para erguer a primeira unidade da cooperativa.
De acordo com o presidente Gilberto Piccinini, trata-se de um registro que integra a própria história da Dália. “Este quadro carrega a memória de quem, de fato, ajudou a construir a primeira unidade da Dália. É sempre importante mantermos vivos os acontecimentos que marcaram o nosso passado. Esse tipo de registro histórico é fundamental para a compreensão e a reflexão sobre a nossa cultura e identidade cooperativa”, destacou Piccinini.
Silvio Seppi: um imigrante que ajudou a construir a história da Dália
O Presidente Executivo, Carlos Alberto complementa que a história é a forma mais nobre de preservar a memória coletiva de uma instituição. “É por meio dela que os feitos do passado se transformam em reflexão, identidade e inspiração para o futuro. No caso da Dália Alimentos, muitas dessas lembranças estão entrelaçadas à trajetória de homens e mulheres que acreditaram em um sonho comum: construir, com trabalho e esperança, uma nova vida em terras brasileiras”, explanou Freitas.
Ele destaca que entre esses nomes está o de Silvio Seppi, um imigrante italiano cuja história se confunde com a própria origem da Dália. “Nascido no dia 19/12/1921, Silvio deixou sua pátria em um período de profundas transformações. O mundo ainda cicatrizava as feridas deixadas pela Segunda Guerra Mundial, e muitos europeus, especialmente jovens, buscaram novos horizontes em países distantes.”
O Brasil foi um desses destinos. “Aqui, Silvio encontrou não apenas um lugar para viver, mas também uma oportunidade de contribuir para um grande projeto coletivo: a construção do Frigorífico da Dália Alimentos. Com ele, vieram o conhecimento técnico, a disciplina e a dedicação típicas dos trabalhadores europeus, qualidades que ajudaram a consolidar a base da suinocultura moderna no país.”
Este documento, o contrato de trabalho de Silvio, assinado na época em que imigrou da Itália para o Brasil, também simboliza a coragem. “Mais do que um simples registro administrativo, ele revela detalhes sobre os acordos firmados entre as nações no período pós-guerra e nos faz compreender melhor o contexto em que tantos imigrantes ajudaram a desenvolver o nosso país.”
Esse registro passará a integrar o Memorial Dália, e futuramente fará parte do Museu Brasileiro da Suinocultura (MUBS). “Trata-se de uma peça que testemunha não apenas os desafios do pós-guerra, mas também a contribuição europeia para o avanço da indústria de alimentos no Brasil”, complementa Freitas.
Curiosidades
Além da contribuição de seu pai, Sergio Seppi também fez parte da história da Dália. Em 1967, atuou na antiga fábrica de óleos vegetais da cooperativa e, posteriormente, no escritório administrativo, onde permaneceu até 1972, quando deixou a empresa para dedicar-se à carreira de jornalista. Desde então, trabalhou em diversos veículos de comunicação do Estado, mantendo sempre o vínculo afetivo com a Dália e sua trajetória.














