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A safra 2021/2022 já tem nova tabela de preços de tabaco acordados com a JTI. A negociação fechou com 19,25% de reajuste para o Virgínia e o Burley e R$ 1,00 de complemento para as classes de Virgínia, com qualidade superior, como plus. A JTI foi a única empresa a propor um reajuste acima do custo de produção e mais um percentual de 5 pontos percentuais de rentabilidade ao produtor de tabaco. As federações reconhecem esse acordo como um esforço da empresa para recompensar seu produtor integrado e como uma importante contribuição para o fortalecimento do sistema integrado: “uma negociação séria e construtiva que vai beneficiar os agricultores”, afirmam as entidades.

As demais empresas finalizaram a negociação sem acordo. A BAT, a China Brasil Tabacos e a Premium Tabacos apresentaram novas propostas, mas os percentuais de reajuste ficaram abaixo do esperado, não oportunizando avançar as negociações. A BAT e a Premium Tabacos propuseram índices abaixo do custo de produção e a China Brasil Tabacos apresentou apenas o reajuste do custo de produção. A Universal Leaf Tabacos e a UTC trouxeram propostas somente nessa segunda rodada de negociações, mas que ficaram muito aquém do solicitado pelas entidades. As demais empresas não trouxeram novas proposições de preço.

 

As reuniões de definição de preço de tabaco para safra 2021/2022 ocorreram com cada fumageira, individualmente, na sede da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), em Santa Cruz do Sul, RS, nos dias 26 e 27 de janeiro.

 

Veja os índices de custo de produção e as propostas (Obs: a tabela também pode ser vista como imagem, nas fotos):

PROPOSTAS DE CORREÇÃO PARA TABACO – Safra 2021/2022

Empresa Custo de produção*  Proposta fumicultores  Proposta fumageiras

1ª rodada (20 e 21/12/2021)

Proposta fumageiras

2ª rodada (26 e 27/01/2022)

JTI** 14,23% 22,23% 16% 19,25% + R$ 1,00 (plus)
BAT 16,51% 24,51% 13,8% 15,4%
China Brasil Tabacos 18,83% 26,83% 15% 18,83%
Alliance One 28,43% 36,43% 15% não apresentou
Universal Leaf Tabacos 20,37% 28,37% não apresentou 15,2% variedade Virgínia

e 20% para Burley

Premium Tabacos 18,56% 26,56% 13,28% 15%
CTA 22,67% 30,67% 15,3% não apresentou
UTC 19,24% 27,24% não apresentou 15,3%

* O custo de produção foi definido pelas entidades representativas dos fumicultores e empresas fumageiras.

** JTI assinou protocolo com as entidades representativas dos fumicultores.

A Philip Morris não participou dos encontros, pois não realizou o levantamento de custo de produção em conjunto, fator determinante para participação nas negociações. As entidades estão dispostas a negociar com a empresa, desde que ela reconheça o custo de produção apurado pelas entidades.

Durante o encontro, as entidades que representam os fumicultores mostraram preocupação com a sustentabilidade do Sistema Integrado de Produção de Tabaco, em função dos percentuais apresentados: “É preciso observar o custo de produção, valorizar e proporcionar lucratividade ao produtor de tabaco. Os gastos com a atividade são o mínimo a ser pago. É preciso conceder um reajuste justo aos produtores”, reforçam as entidades representativas.

A comissão que representa os produtores de tabaco é formada pela Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) e pelas Federações da Agricultura (Farsul, Faesc e Faep) e dos Trabalhadores Rurais (Fetag, Fetaesc e Fetaep) do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.

 

Jorn. Josiane Aline Goetze (MTb 17.845) – Especial para o Departamento de Comunicação Afubra

 

Tags: tabacopreço do tabaconegociaçãopreçofumicultura

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