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O excesso de peso na infância é um problema crescente em muitas partes do mundo, inclusive no Brasil. Estima-se que milhões de crianças estejam acima do peso ideal para sua idade, o que representa uma séria preocupação de saúde pública. Muito além da aparência física, o sobrepeso infantil traz consequências graves para o bem-estar físico, emocional e social das crianças.
Em termos de saúde, o excesso de peso está diretamente ligado a uma série de doenças crônicas que, até pouco tempo atrás, eram mais comuns em adultos. Diabetes tipo 2, hipertensão arterial, colesterol alto e problemas respiratórios são apenas algumas das condições que podem surgir já na infância. Além disso, o sobrepeso também pode afetar o desenvolvimento ósseo e articular, prejudicando a mobilidade e a qualidade de vida da criança.
No aspecto emocional, muitas crianças com sobrepeso sofrem com o preconceito, o bullying escolar e a baixa autoestima. Esses fatores podem desencadear quadros de ansiedade, depressão e isolamento social, prejudicando o rendimento escolar e o desenvolvimento de habilidades sociais importantes.
As causas do excesso de peso infantil são diversas: má alimentação, sedentarismo, uso excessivo de telas, falta de sono adequado e até questões genéticas. No entanto, o fator mais comum é o estilo de vida pouco saudável adotado no ambiente familiar. É fundamental que pais e responsáveis estejam atentos aos hábitos alimentares e à prática de atividades físicas das crianças.
Prevenir o sobrepeso infantil exige mudanças simples, porém significativas: oferecer uma alimentação equilibrada, incentivar brincadeiras ao ar livre, limitar o tempo de telas e promover um ambiente familiar mais saudável. Escolas e políticas públicas também têm um papel essencial nesse processo, com campanhas educativas e programas de alimentação e esporte.
Combater o excesso de peso na infância é um investimento na saúde e no futuro de toda uma geração. É preciso agir agora, com informação, responsabilidade e cuidado.
A escola tem um papel fundamental na promoção da educação alimentar e nutricional das crianças, atuando como um espaço privilegiado de aprendizado, convivência e formação de hábitos saudáveis. Veja abaixo como a escola pode colaborar de forma prática e eficaz:

Como a escola pode ajudar?
1. Inclusão da temática no currículo escolar
A educação alimentar e nutricional pode ser trabalhada de forma interdisciplinar, integrando conteúdos nas aulas de Ciências, Geografia, Educação Física e até matemática. Os professores podem abordar temas como os grupos alimentares, a importância de uma alimentação equilibrada, o impacto dos alimentos ultra processados e os benefícios dos alimentos naturais.

2. Oficinas práticas e projetos pedagógicos
Atividades como hortas escolares, oficinas culinárias e feiras de alimentação saudável despertam o interesse dos alunos e ajudam a construir conhecimento na prática. Cuidar de uma horta, por exemplo, ensina sobre o ciclo dos alimentos e valoriza o consumo de frutas, verduras e legumes.

3. Alimentação escolar de qualidade
As escolas que oferecem merenda têm a responsabilidade de garantir refeições equilibradas e nutritivas. A parceria com nutricionistas para planejar cardápios saudáveis e variados é essencial. Além disso, é importante que os alunos sejam envolvidos e informados sobre os alimentos que estão consumindo.

4. Limitação da venda de alimentos não saudáveis
É importante que cantinas e lanchonetes escolares ofereçam opções saudáveis e evitem a comercialização de alimentos ricos em açúcar, gordura e sódio. Essa medida ajuda a reduzir o consumo de produtos ultra processados e incentiva escolhas mais conscientes.

5. Envolvimento da comunidade escolar
A escola pode organizar palestras, rodas de conversa e campanhas educativas com pais, alunos e funcionários, promovendo uma cultura alimentar mais consciente. A participação das famílias é essencial para reforçar os bons hábitos também em casa.

6. Formação continuada para educadores
Professores bem informados têm mais condições de transmitir conteúdos de qualidade. Investir em capacitação sobre alimentação e nutrição para os profissionais da escola é um passo importante para garantir a eficácia das ações educativas.

Quando a escola se compromete com a educação alimentar e nutricional, ela contribui para a formação de cidadãos mais saudáveis, críticos e conscientes. Pequenas ações dentro do ambiente escolar podem gerar grandes mudanças no comportamento alimentar das crianças, com efeitos positivos para toda a vida.

Texto: Nutricionista Ketty Corazza.

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