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Hoje com 26 anos de idade, Gustavo André Vacari, Engenheiro Mecânico pelo Instituto Federal Sul Riograndense, em Passo Fundo, desde criança sempre foi curioso. Nascido em Putinga e residente na comunidade de Linha Carlos Barbosa, conta que muito pequeno ganhava os carrinhos de brinquedo e a diversão era desmontá-los e ver como eram feitos e montá-los novamente.

 

“Sempre fui assim, de querer saber como as coisas eram feitas e como funcionavam, uma curiosidade que sempre me acompanhou, especialmente com motos e carros. A minha primeira gaiola de trilha, fui eu mesmo que fiz, fazia as modificações, gostava de aprender fazendo, uma paixão literalmente”, conta. Gustavo.

 

Seu pai, Gilberto Vacari, agricultor, ex-empresário e secretário de agricultura no município, relata que quando decidiu colocar um aviário em sua propriedade já foi pensando em seu filho, mas a ideia não deu certo. Gustavo conta que não escolheu, foi escolhido pela Engenharia Mecânica. Ao terminar o ensino médio, já foi prestar vestibular para o curso.

 

Conta que ainda cursando a graduação já começou a trabalhar nos horários de folga e em um dos empregos, uma oficina mecânica, o proprietário tinha no local a carroceria de um carro, que depois ficou sabendo que era um Shelby, que o mesmo comprou para montar o carro, mas nunca tinha dado seguimento ao projeto.

 

“Mais tarde acabei comprando a carroceria em fibra de vidro do carro e resolvi que iria construí-lo, isso ainda na faculdade, mas seria um desafio. Estudei tudo sobre o carro, como conseguir as peças, que importei boa parte, através de uma empresa de São Paulo, chassi e suspensão refiz utilizando estruturas de Landau e Maverick, ambos da Ford, e assim fui fazendo o veículo. Foram dois anos até que ficasse totalmente pronto. Apenas a pintura e alguns detalhes do estofamento não fui eu quem fez, o restante trabalhei em tudo. Para isso, claro, recebi o apoio do meu pai, pois precisei de aporte financeiro na época para poder investir no projeto. Mas já fazem dois anos que ele está pronto e fica aqui em Putinga. Não saio muito, em dias de chuva ou muito sol não é muito bom pois ele é um conversível, mas sempre que posso dou umas voltas”, conta.

 

O carro hoje é considerado um prêmio para Gustavo, algo que no momento ele disse que não tem preço, o carro não está à venda, é um trabalho que fez com as próprias mãos e isso lhe enche de orgulho e de sua família também.

Recentemente, o carro ficou exposto no salão paroquial de Putinga, para os convidados da festa de formatura dele e de sua irmã, que cursou medicina.

 

“Como me formei na pandemia, não pude comemorar, agora, aproveitamos o momento eu e minha irmã Laura Regina, fizemos a festa de formatura juntos eu como Engenheiro Mecânica e ela como Médica. E o Shelby estava na festa, como troféu, para meus amigos e

familiares apreciarem a de certa forma a marca do resultado da profissão que escolhi”, disse Gustavo.

 

Shelby Cobra: a história de um ícone de curvas musculosas

Nas 24 Horas de Le Mans de 1966, a marca do oval azul encantou o mundo com os Ford GT40. História que foi retratada pelo filme Ford vs. Ferrari, de 2019. Mas essa parceria só foi possível graças ao sucesso da parceria formada para a produção do Shelby Cobra. Com uma carreira de alguns anos como piloto profissional nos Estados Unidos e Europa, o americano Carroll Shelby se acostumou a competir com os carros esportivos de marcas como Ferrari e Aston Martin. Mas embora fossem belas e caras máquinas, Shelby ficou decepcionado com a confiabilidade mecânica dessas máquinas. Decidido a produzir o seu próprio automóvel, ele decidiu que iria combinar o visual dos roadsters europeus com a cavalaria dos motores V8 que equipavam os carros de rua dos Estados Unidos de então. Depois de receber um não da General Motors, Shelby buscou a Ford. Interessada em ter um carro esportivo para competir em provas nos Estados Unidos, a marca concordou em ceder motores. Foi assim que surgiram em 1962 os primeiros Cobra. Projetados para os motores Ford 4.3 e 4.7 V8, esses carros (conhecidos como Mk1) tinham um processo de produção complexo: o carro era praticamente finalizado na fábrica da AC no Reino Unido, mas recebiam o motor e o câmbio apenas na oficina da Shelby, em Los Angeles (EUA). Em 1963, esse Cobra de 1ª geração foi substituído pelo Mk2. Mas a sua produção foi suspensa em 1967. Em 1968, Shelby vendeu a marca para a Ford e permaneceu longe do mundo dos fabricantes de carro até o início dos anos 1980. Embora a produção dos Shelby Cobra tenha parado no final dos anos 1960, desde os anos 1980 várias réplicas (oficiais ou não) do modelo surgiram ao redor do mundo. A própria Shelby produz até hoje nos Estados Unidos uma espécie de série de continuação dos Cobra originais, que combina novos chassi com carrocerias de fibra de vidro, alumínio e até fibra de carbono.

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Andressa de Oliveira

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