Um ano. Os dias 4 e 5 de setembro trazem à memória da comunidade regional uma inundação sem precedentes. A força do Rio Taquari destruiu cidades e mostrou lacunas no monitoramento, no socorro e na recuperação.
Justo para rever equívocos e conseguir traçar planos para melhorar a resposta em cada uma das etapas em caso de novos eventos climáticos extremos, ocorre o 2º Seminário Pensar o Vale Pós-Enchente, marcado para hoje (a partir das 13h30min) e amanhã no auditório do Prédio 7 da Univates.
Com participação do Comitê Estratégico Multissetorial da região, a programação terá a presença de autoridades, pesquisadores e líderes do Vale, do RS e do país. O evento é gratuito.
Para a presidente do Conselho Regional de Desenvolvimento (Codevat), Cintia Agostini, a enchente de setembro passado alterou os paradigmas do Vale e do RS sobre a forma de lidar com as crises provocadas pelo clima.
Depois disso, foram duas outras grandes inundações. Em novembro (4º maior desde 1941) e, em especial, a de maio (maior já registrada na história). “O Vale sempre viveu com enchentes e com secas. Mas ela atingia uma parcela pequena da população. A partir de setembro, mas, principalmente, em maio, atingiu muita gente de maneira direta e toda a comunidade de forma indireta. Isso exige outro tipo de resposta”.
O Seminário Pensar o Vale Pós-Enchentes se sustenta em três eixos (prevenção, enfrentamento e reconstrução). Serão cinco painéis temáticos, com assuntos que vão desde o entendimento sobre eventos climáticos adversos, atendimento às populações atingidas, até o acesso a programas de financiamentos internos e externos.
Na abertura de cada debate, estão previstas apresentações de experiências em outras regiões atingidas por catástrofes climáticas e movimentos regionais voltados à retomada logística e produtiva do Vale.
As atrações são organizadas pelo Grupo A Hora, em parceria com as entidades locais, como do Conselho Regional de Desenvolvimento (Codevat), Univates e associações dos municípios, do Turismo e dos vereadores (Amvat, Amat, Amturvales e Avat), Câmara da Indústria e Comércio (CIC-VT). O patrocínio é da Corsan e do BRDE.
Orientado às soluções
“O Vale precisa decidir o que deseja para o futuro. As grandes inundações de setembro para cá desnudaram problemas de diversas ordens. Para proteger as pessoas e mitigar os prejuízos, precisamos reunir forças para além do Vale do Taquari”. A afirmação do diretor-executivo do Grupo A Hora, Adair Weiss, serve de ponto de partida frente aos objetivos da segunda edição do seminário. “Temos fragilidades históricas. As autoridades, os líderes e a própria comunidade precisam superar os traumas e garantir que não aconteçam de novo.”
Neste sentido, Weiss realça o propósito do encontro. De acordo com ele, os debates e as decisões dos dois dias de evento precisam servir de orientação na busca de soluções.”
Para Cintia Agostini, é preciso urgência. “Mais uma vez, a nossa região foi o epicentro da catástrofe. É com essa seriedade que devemos encarar as três inundações em oito meses. Estamos lidando com o maior evento climático da história do Brasil.”
Na avaliação da presidente do Codevat, o compromisso em melhorar a resposta para tais acontecimentos deve ser divida com os entes públicos. Isso requer, afirma, mais participação do Estado e do governo federal.
Em 14 de novembro do ano passado, no primeiro Seminário Pensar o Vale Pós-Enchentes, o comitê regional elaborou um documento com iniciativas de curto, médio e longo prazo. Para esta edição, um segundo texto será redigido no encerramento do segundo dia de programação. A nova carta será entregue para autoridades do Estado, do país e aos candidatos a prefeito dos municípios do Vale do Taquari.
Educação ambiental
Amanhã, no fim do primeiro dia de seminário, uma das ações estipuladas no ano passado será apresentada. Trata-se do projeto de Educação Ambiental das Escolas (Educame). Serão lançados o livro e a cartilha de atividades para os alunos.
O livro consiste em uma série de informações sobre natureza, ambiente e relação humana. Traz consigo a exclusividade e o ineditismo de pormenorizar aspectos regionais, tais como o detalhamento da bacia hidrográfica do Taquari/Antas.
Segundo o diretor editorial e de produtos do A Hora, Fernando Weiss, o intuito é fazer com que os alunos sejam multiplicadores da cultura da prevenção nas famílias.
Um ano: da tragédia à reconstrução
4 e 5 de setembro de 2023
Um ano. Os dias 4 e 5 de setembro trazem à memória da comunidade regional uma inundação sem precedentes. A força do Rio Taquari destruiu cidades e mostrou lacunas no monitoramento, no socorro e na recuperação.
Justo para rever equívocos e conseguir traçar planos para melhorar a resposta em cada uma das etapas em caso de novos eventos climáticos extremos, ocorre o 2º Seminário Pensar o Vale Pós-Enchente, marcado para hoje (a partir das 13h30min) e amanhã no auditório do Prédio 7 da Univates.
Com participação do Comitê Estratégico Multissetorial da região, a programação terá a presença de autoridades, pesquisadores e líderes do Vale, do RS e do país. O evento é gratuito.
Para a presidente do Conselho Regional de Desenvolvimento (Codevat), Cintia Agostini, a enchente de setembro passado alterou os paradigmas do Vale e do RS sobre a forma de lidar com as crises provocadas pelo clima.
Depois disso, foram duas outras grandes inundações. Em novembro (4º maior desde 1941) e, em especial, a de maio (maior já registrada na história). “O Vale sempre viveu com enchentes e com secas. Mas ela atingia uma parcela pequena da população. A partir de setembro, mas, principalmente, em maio, atingiu muita gente de maneira direta e toda a comunidade de forma indireta. Isso exige outro tipo de resposta”.
O Seminário Pensar o Vale Pós-Enchentes se sustenta em três eixos (prevenção, enfrentamento e reconstrução). Serão cinco painéis temáticos, com assuntos que vão desde o entendimento sobre eventos climáticos adversos, atendimento às populações atingidas, até o acesso a programas de financiamentos internos e externos.
Na abertura de cada debate, estão previstas apresentações de experiências em outras regiões atingidas por catástrofes climáticas e movimentos regionais voltados à retomada logística e produtiva do Vale.
As atrações são organizadas pelo Grupo A Hora, em parceria com as entidades locais, como do Conselho Regional de Desenvolvimento (Codevat), Univates e associações dos municípios, do Turismo e dos vereadores (Amvat, Amat, Amturvales e Avat), Câmara da Indústria e Comércio (CIC-VT). O patrocínio é da Corsan e do BRDE.
Orientado às soluções
“O Vale precisa decidir o que deseja para o futuro. As grandes inundações de setembro para cá desnudaram problemas de diversas ordens. Para proteger as pessoas e mitigar os prejuízos, precisamos reunir forças para além do Vale do Taquari”. A afirmação do diretor-executivo do Grupo A Hora, Adair Weiss, serve de ponto de partida frente aos objetivos da segunda edição do seminário. “Temos fragilidades históricas. As autoridades, os líderes e a própria comunidade precisam superar os traumas e garantir que não aconteçam de novo.”
Neste sentido, Weiss realça o propósito do encontro. De acordo com ele, os debates e as decisões dos dois dias de evento precisam servir de orientação na busca de soluções.”
Para Cintia Agostini, é preciso urgência. “Mais uma vez, a nossa região foi o epicentro da catástrofe. É com essa seriedade que devemos encarar as três inundações em oito meses. Estamos lidando com o maior evento climático da história do Brasil.”
Na avaliação da presidente do Codevat, o compromisso em melhorar a resposta para tais acontecimentos deve ser divida com os entes públicos. Isso requer, afirma, mais participação do Estado e do governo federal.
Em 14 de novembro do ano passado, no primeiro Seminário Pensar o Vale Pós-Enchentes, o comitê regional elaborou um documento com iniciativas de curto, médio e longo prazo. Para esta edição, um segundo texto será redigido no encerramento do segundo dia de programação. A nova carta será entregue para autoridades do Estado, do país e aos candidatos a prefeito dos municípios do Vale do Taquari.
Educação ambiental
Amanhã, no fim do primeiro dia de seminário, uma das ações estipuladas no ano passado será apresentada. Trata-se do projeto de Educação Ambiental das Escolas (Educame). Serão lançados o livro e a cartilha de atividades para os alunos.
O livro consiste em uma série de informações sobre natureza, ambiente e relação humana. Traz consigo a exclusividade e o ineditismo de pormenorizar aspectos regionais, tais como o detalhamento da bacia hidrográfica do Taquari/Antas.
Segundo o diretor editorial e de produtos do A Hora, Fernando Weiss, o intuito é fazer com que os alunos sejam multiplicadores da cultura da prevenção nas famílias.
Um ano: da tragédia à reconstrução
- 4 e 5 de setembro de 2023
O nível do Rio Taquari alcançou 29,53 metros em Lajeado e 29,62 metros em Estrela (pelas medições oficiais). A força da água resultou em uma destruição nunca vista. Foram confirmados 51 óbitos e ainda há quatro pessoas desaparecidas. Estima-se que os prejuízos foram de R$ 15 bilhões até R$ 20 bilhões. Mais de 2,7 mil casas foram destruídas ou condenadas.
- 6 de setembro de 2023
Tragédia deixou cidades como Muçum, Encantado, Roca Sales, Arroio do Meio, Colinas, Lajeado, Estrela, Cruzeiro do Sul e Venâncio Aires devastadas e comprometeu acessos.
- 10 de setembro de 2023
O vice-presidente, Geraldo Alckmin, esteve no Vale do Taquari liderando a comitiva do governo federal com anúncios em socorro às vítimas.
- 28 de setembro de 2023
A primeira-dama do Brasil, Janja Lula da Silva, integrou a comitiva de ministros que visitou o Vale. Os ministros e secretários abordaram pautas e anúncios já feitos para garantir que as medidas fossem implementadas com agilidade e eventuais pendências solucionadas, com menos burocracia.
- 28 de setembro de 2023
A Caixa Econômica Federal disponibilizou um espaço da agência Lajeado para instalação de um escritório do Governo Federal para atuar na reconstrução da região atingida pelas enchentes. No local, as equipes do banco, de ministérios e órgãos federais atuaram nas ações de reconstrução do Vale do Taquari.
- 14 de novembro de 2023
Grupo A Hora promoveu o 1º Seminário Pensar o Vale Pós-Enchente, na Univates. Objetivo era debater estratégias e soluções em face das cheias recorrentes da bacia Taquari/Antas.
- 18 de novembro de 2023
Depois de uma semana de chuvas, o nível do Rio Taquari passou dos 28,94 metros. Terceira maior marca desde 1941. Chuva uniforme em diversos pontos da bacia hidrográfica trouxe uma enchente mais lenta e gradual. Como já havia um alerta de cheia, não houve perdas humanas e os prejuízos materiais também foram menores, mas cerca de 1,5 mil pessoas ficaram desalojadas.
- 16 de janeiro de 2024
Forte tempestade atingiu o Vale do Taquari. Rajadas de vento causaram danos e prejuízos na região. Motoristas relatam quedas de árvores na Rota do Sol, trecho de Westfália. Outras rodovias da região apresentam obstáculos por conta dos temporais, que também causou destelhamento e queda de árvores em Mato Leitão, Santa Clara do Sul, Venâncio Aires e outros pontos do Vale.
- 15 de março de 2024
Pela primeira vez após as duas enchentes de 2023, o presidente Lula visitou o Vale do Taquari, para apresentação de um relatório das entregas feitas pelo governo federal para atendimento às vítimas das catástrofes.
- 29 de abril a 5 de maio de 2024
A região enfrentou um dos maiores desastres naturais da história. O rio alcançou os 33,35 metros em Lajeado no dia 2 de maio, e superou a marca histórica de 1941, de 29,92 metros. Na tragédia, 49 pessoas foram mortas e 16 ainda estão desaparecidas.
- 6 de junho de 2024
Lula visita o bairro Passo de Estrela, em Cruzeiro do Sul, e o bairro Navegantes, em Arroio do Meio. Nas cidades, Lula se reuniu com os prefeitos para alinhar a situação de urgência para construção de casas, tendo em vista o déficit imobiliário para aluguel social.
- 9 de junho de 2024
Por um projeto estruturado pela Lyall Construtora com o apoio de outras empresas e profissionais voluntários, a Ponte de Ferro foi reconstruída em menos de 15 dias, e proporcionou a ligação entre Lajeado e Arroio do Meio depois de mais de um mês da enchente.
- 7 de agosto de 2024
Uma ponte alternativa foi inaugurada pelo Exército, com construção feita em menos de 10 dias, entre Lajeado e Arroio do Meio. No lado de Arroio do Meio, a estrada fica em Forqueta Baixa, e de Lajeado, no bairro Planalto.
- 19 de agosto de 2024
Governo do Estado entregou primeiras 30 casas provisórias para moradores de Encantado. Módulos foram instalados no bairro São José. Outras 28 casas provisórias foram entregues no dia 3 de setembro, em Cruzeiro do Sul.
- 4 e 5 de setembro de 2024
2º Seminário Pensar o Vale Pós-Enchente, organizado pelo Grupo A Hora e Comitê Estratégico e Multissetorial do Vale do Taquari, na Univates.
Serviço
2º Seminário Pensar o Vale Pós-Enchente
- Organização: Grupo A Hora e Comitê Estratégico e Multissetorial do Vale do Taquari
- Data: 4 (às 13h30min) e 5 de setembro
- Local: Auditório do prédio 7 da Univates
Grupo a HORA