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A empresa Hidrotérmica S.A., responsável pela construção e gerenciamento das Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) Autódromo e Boa Fé, entregou para o 4º Pelotão do Corpo de Bombeiros Militar (4º PelBM) e à Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil, de Guaporé, os Planos de Ação de Emergência (PAE). O ato, que serviu para apresentar detalhes constantes na documentação, aconteceu no quartel dos bombeiros, contando com a presença da responsável técnica, Barbara Fernandes de Castro e do coordenador do PAE, Uriel Garber, do sargento Rebelo, do coordenador da COMPDEC, Rafael Pissetti, e do coordenador adjunto do Setor Operativo, Fernando Portela.
O PAE tem por objetivo identificar e classificar as situações de emergência que possam comprometer a integridade das estruturas civis da barragem. Além disso, estabelece ações necessárias e as responsabilidades dos colaboradores da usina e das instituições envolvidas, contribuindo para a prevenção e mitigação dos desastres decorrentes das adversidades às quais os empreendimentos estão sujeitos.
O estudo, apresentado aos bombeiros e a COMPDEC, busca delimitar o potencial de impacto da passagem de uma onda de ruptura, afetando a população, instalações, infraestrutura e meio ambiente.
“Um evento de ruptura da barragem é capaz de gerar uma mudança significativa do regime fluviométrico do rio Carreiro, principalmente para o cenário considerando a passagem de uma vazão média de longo termo na bacia. Neste cenário, as sobreelevações na região mais próxima ao barramento chegam a 10 metros e a velocidade da onda é da ordem de 40 km/h, segundo o estudo de ruptura realizado em 2024”, destaca parte do PAE, salientando que o estudo de ruptura hipotética foi elaborado pela Fractal Engenharia e Sistemas.
Conforme o PAE, dentro da Zona de Autossalvamento (ZAS) há 18 edificações, além das casas de forças das duas PCHs, que podem ser afetadas pela onda de cheia, em caso de ruptura. A ZAS é a região em que considera-se não haver tempo suficiente para uma adequada intervenção dos serviços de agentes de proteção civil em caso de acidentes.
Para evitar uma tragédia, sistemas de alertas sonoros, rotas de fuga e pontos de encontro foram projetados ao longo do leito do rio. O alerta será através de sirenes fixas, instaladas em locais estratégicos. Além disso, o sistema de comunicação via WhatsApp também será utilizado. As rotas de fuga consideram o menor trajeto até chegar a área segura e todos contêm placas indicativas e uma distância considerável do limite da mancha de inundação.
PCHs Autódromo e Boa Fé
As Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) Autódromo e Boa Fé localizam-se no leito do Rio Carreiro entre os municípios de Guaporé, Nova Bassano e Serafina Corrêa.
Central de Conteúdo/Rádio Aurora 107.1 FM