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Paulo Bigaton e Gabriela Haas Bigaton vivenciaram outra aventura a bordo de sua Kombi. A viagem durou um mês e que segundo o casal foi riquíssima.

Paulo destaca que a distância percorrida foi de 8.481 km. Ele explica que começaram a definir o destino e roteiro ainda nos primeiros meses de 2022, onde o destino final e ponto mais famoso seria Machu Picchu no Peru. “O roteiro, no entanto tinham várias cidades e pontos turísticos, como por exemplo, Bonito em Mato Grosso do Sul, Santa Cruz de La Sierra, Cochabamba e La Paz na Bolívia e Cusco no Peru, além de belas estradas e paisagens principalmente ao longo das Cordilheiras na Bolívia e no Peru”, relata.

Ele salienta que fizeram uma programação e muitos planos, mas tudo com flexibilidade, pois era sabido que estariam de Kombi e que a quilometragem diária programada poderia não ser atingida. “Quando saímos de Espumoso, no amanhecer do dia 18 de dezembro já sabíamos das condições políticas no Peru, mas como era um planejamento de muitos meses optamos por correr o risco e dar andamento ao projeto sem alterações”, conta.

Ida e volta

Segundo Paulo a viagem até a chegada no Peru foi tranqüila. “Nossa viagem de ida aconteceu bem dentro do planejado e quando chegamos no Peru, logo depois do Natal, o clima político estava relativamente tranquilo, pois os manifestantes haviam definido um período de trégua, tendo em vista os festejos natalinos. Seguimos os passeios normalmente e iniciamos o retorno na terça, dia 03/01 quando saímos de Machu Picchu em direção a Cusco, onde chegamos bem a tardinha do mesmo dia”, salienta.

Já no dia 04 de janeiro Paulo relata que tinham planos de partir de Cusco, mas as notícias logo cedo eram que as estradas já estariam bloqueada. “E foi nesse mesmo dia também que começamos a sentir os efeitos de uma virose que nos deixou meio acamados por 3 dias, enquanto as notícias diziam que as manifestações aumentavam. E na manhã do dia 06 de janeiro resolvemos buscar informações e orientações junto aos órgãos da Polícia Peruana e fomos até o Palácio da Polícia de Turismo, e a sugestão que nos deram foram para que viajássemos durante a noite, pois segundo a opinião deles, os manifestantes liberavam as barreiras para descansar. Então, no mesmo dia, saímos às 18h em direção à fronteira com a Bolívia, de onde estávamos a aproximadamente 450km”, afirma.

O inicio de uma grande aventura

Paulo nos conta que a partir do dia 06 de janeiro se deu inicio a uma grande aventura em sua viagem. “Aí se inicia uma verdadeira aventura, pois já na primeira noite passamos na estrada, em um bloqueio. Na manhã seguinte depois de tentar conversar, sem sucesso, com as lideranças manifestantes, definimos iniciar os trajetos por desvios, pois praticamente todos os veículos pequenos estavam buscando essa alternativa. Assim fizemos e foram mais três dias muito tensos, usando estradas secundárias e muitos atalhos, usamos até rotas de contrabando”, especifica.

E segundo ele foi ao dia 10 de janeiro, por volta das 14h, que conseguiram entrar na Bolívia. “Entramos na Bolívia e acreditávamos ter encerrado essa tortuosa batalha, acima de tudo psicológica, que foi a saída do Peru. Mas iniciava então a travessia da Bolívia, onde sabíamos que infelizmente também não seria fácil, pois naqueles dias também estava com protestos no entorno de Santa Cruz de La Sierra, tendo em vista a prisão política do seu governador, por ordem do governo federal. E nossa viagem seguia sem nenhum obstáculo ou problema até 80 km de Santa Cruz, quando encontramos o primeiro bloqueio. Nesse já tivemos que passar a noite, conseguindo sair no amanhecer do dia seguinte quando passamos, por mais uns 6 bloqueios na região. Então, em resumo, para atravessar o Peru e a Bolívia, levamos exatamente 8 dias, chegando em Corumba no MS por volta das 19h da sexta, dia 13 de janeiro”, ressalta.

Já no Brasil

“A partir daí, foi fazer o trecho do Brasil, atravessando o Mato Grosso do Sul, o Paraná e Santa Catarina, para chegar em Espumoso as 18h do dia 17 de janeiro”, pontua.

Paulo e Gabriela salientam que a viagem foi riquíssima. “Riquíssima no sentido de que se fossemos em um simples turismo aéreo aos pontos chaves – Machu Picchu, Vale Sagrado, Cusco histórica, não teríamos tido o contato que tivemos com o povo da Bolívia e Peru. Oportunidade esta em que vimos o dia a dia desses povos tão simpáticos, mas que culturalmente vivem uma realidade distante da nossa, como se fosse um Brasil de 50 anos atrás, tirando as grandes cidades. Nas estradas nos deparamos com paisagens lindíssimas e lugares com muitas belezas naturais, mas que nas periferias dos grandes centros nos deparamos também com muito lixo, plásticos, garrafas pet, pneus e sacolas cheias de descarte”, evidencia Gabriela.

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O casal nos contou que a escolha deste roteiro foi pelo contexto histórico que o mesmo tem. “Optamos por esse destino, pelo contexto histórico, por ser um dos pontos turísticos mais importantes da América Latina. Como já tínhamos visitado a parte norte do Peru em outra oportunidade e visto ruínas do período pré-incaico, sempre tivemos a curiosidade de conhecer Machu Picchu também, e fomos felizes, fizemos um passeio com muitos aprendizados”, conclui Paulo.

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